Um dos pontos mais importantes para investidores de longo prazo é a necessidade de diversificação da sua carteira de ativos financeiros. Para que a divesificação seja efetiva faz-se importante também observar o balanceamento e rebalanceamento da mesma.
O investidor iniciante ainda não consegue enxergar o risco associado ao investimento de renda variável e pensa apenas no retorno que ele pode trazer. Neste início, o investidor pode pensar que a diversificação é desnecessária e que bastaria investir todo o dinheiro em um ou dois ativos que considera possuirem maior potencial de crescimento.
A teoria acima pode levar a uma maior possibilidade de resultado binário. Ou você terá um sucesso fenomenal, “acertando” os resultados, ou você terá um fracasso tremendo, errando as ações escolhidas. Muitas pessoas que pensam desta maneira, se frustam e saem da bolsa dizendo que ela é um cassino.
Infelizmente, o que já ficou comprovado é que, ao longo do tempo, as economias crescem, as tecnologias mudam e as cifras tornam-se cada vez maiores em negócios, proporcionando um crescimento para o seu patrimônio que não depende de outra pessoa perder, ou seja, não é um jogo de soma zero.
O investidor que entende este racional e investe de maneira diversificada em, no mínimo 10 ativos por exemplo, muito provavelmente após 5 anos, vai perceber que:
Assimetria no mercado à vista de ações é o seguinte: o limite de perdas na ação que você comprou é de 100%, ou seja, se ela cair de qualquer valor para zero; em compensação, uma ação tem um limite infinito de alta.
Existem diversas ações que tiveram um rendimento extraordinário com o passar dos anos. Por exemplo, em 2017, a PetroRio tinha um preço ajustado de R$ 6,20. Cerca de 4 anos depois,as ações chegaram a R$ 100,00, um crescimento de 1.500%.
Para a assimetria ser completa e você aproveitar o máximo upside de uma ação, é importante que você estude e entenda bem como a empresa gera valor aos acionistas e sua capacidade de continuar a gerar este caixa no futuro.
Veja que o longo prazo nos dá duas vantagens muito interessantes: o crescimento da economia, que valoriza ativos de renda variável ao longo de décadas, e a assimetria positiva, que ficará mais clara nos ativos em que você acertou.
E, por fim, entra o terceiro ponto que é o balanceamento e o rebalanceamento da carteira.
Se você tem uma carteira com 10 ativos e resolveu colocar 10% em cada ativo, provavelmente daqui a um ano, os ativos terão percentuais diferentes em sua carteira. Se, por acaso, você investir em uma ação com uma valorização explosiva de 300% nesse período, como tivemos no início de 2021 com a Locaweb ou com a Taurus, estas passarão a representar um percentual superior a 25% e talvez superior a 30% da sua carteira. Combinadas, ambas representarão metade da carteira ou mais e aí você começa a pecar pela falta de diversificação que foi o primeiro ponto que abordamos aqui.
Então, em certos momentos, pode ser semestralmente ou anualmente, sem tomar muito tempo, realizamos um rebalanceamento da estratégia para que não haja tanto risco relacionado a estas ações que já subiram bastante.
Este assunto é tão interessante que, a partir daí, podemos acrescentar não apenas o rebalanceamento eficiente da sua carteira de ações, mas também da sua carteira de ativos como um todo (Fundos Imobiliários, Fundos de Investimentos, Ativos no Exterior, Renda Fixa etc). Ou seja, você pode (e deve) não somente tentar balancear as ações em suas carteiras, mas também os tipos de ativos.
Abaixo um exemplo hipotético de balanceamento (não se trata de uma sugestão):
| Classes de ativos | Porcentagem |
|---|---|
| Ações | 40% |
| Fundos de Investimento | 10% |
| Fiis | 10% |
| Renda Fixa | 20% |
| Ativos no Exterior | 17% |
| Outros (Ouro, Criptomoedas etc.) | 3% |
O trabalho do investidor é apenas de, periodicamente, realizar seus aportes e adequar os percentuais de cada uma dessas classes de ativo realizando o rebalanceamento inteligente.
Parece fácil, mas isto é uma tarefa muito trabalhosa quando realizada sem a ajuda de uma plataforma como o Valuen. O Valuen facilita muito a vida do investidor através da opção "Análise", que prioriza ações com o melhor potencial de valorização e que precisam de balanceamento. Veja mais em Analisando Opções de Compra.
Tradicionalmente, o investidor que deseja balancear sua carteira utiliza planilhas nas quais:
Entretanto, toda vez que deseja adicionar uma ação em sua carteira, o ivestidor tem um certo trabalho para recalcular a porcentagem necessária de cada ação. Isto dificulta a manutenção da planilha e o controle fica propenso a erros.
O Valuen facilita sua vida da seguinte maneira:
Por exemplo, imagine que você tem duas ações em sua carteira e deseja que sua carteira seja balanceada com a mesma porcentagem para cada ação (50% para cada). Basta dar a mesma nota para as duas ações e o Valuen calcula a alocação sugerida automaticamente. Se, no dia seguinte, você adicionar mais duas ações com a mesma nota o sistema irá recalcular a alocação sugerida de cada ação para 25% por ação.
Se você colocar uma nota 10 para uma ação e uma nota 20 para outra, a segunda terá uma alocação sugerida que será o dobro da primeira, e assim sucessivamente. Ou seja, a nota é uma medida abstrata de quanto você deseja ter desta ação em sua carteira (quanto maior a nota que você registrar para um ativo maior será a alocação sugerida).
Uma dica: Se você esta migrando de uma planilha na qual você calculou uma alocação ideal para seus ativos, basta colocar como "Nota" o mesmo valor de porcentagem que você utilizou na planilha.